
As vezes me sinto paranóico
Meio débil mental
Um ser tão imperfeito
Completamente irracional.
Por vezes me acho delinqüente
Ladrão do amor que não me pertence
Estúpido e exigente
Um perdedor que nunca vence
Mas também nunca desiste.
As vezes me sinto indiferente
Diferente de tudo e todos que conheço
Mas igual a toda gente
Sabendo que tudo ainda está no começo
Mas eu não me reconheço.
Por vezes me sinto imbecil
Sinto falta de sentir falta de alguém
Estou tão sozinho e vazio
Mas isto não me prende a ninguém
Vivo tranquilamente assim também.
E toda vez que eu me apaixono
Logo eu me esqueço
Me entrego ao eterno abandono
Uma vida sem preço
Um eterno sonho de pesadelo.
Mas toda vez que você sorri pra mim
Realmente me sinto abobado
Te desejo do começo, sem nunca ter fim
Mas sempre fico calado
Esperando você me dizer algo.
E você me diz:
Tchau!
Imagino o quanto sou retardado
Porque o que eu sinto eu não falo?!
Nisto você segue o seu caminho
E eu sigo meu destino...
Ser para sempre este ser solitário
Que não sente falta de ninguém
Que vive no mundo do imaginário
Esperando pelo beijo de alguém
Pelo o amor de alguém...
Quem?
É claro que é você!