Os traços ainda são tortos
E os olhos olham vesgos
Os dedos não se separam
A face segue sem queixo.
Mas não me queixo
Após a obra finalizada
É apenas o começo
De uma vida moldada.
As pernas são tortas
Joelhos nem existem
A cintura segue o tronco
E os movimentos são difíceis.
Uma pequena marionete sem movimento
Apenas uma face triste
Com olhos de cristais sem vida
Lascas de madeira retiradas do sofrimento.
Ainda não tem nome
Mas ganha vida
Minhas mãos seguram agora
Minha pequena grande obra.
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Obrigado por passarem por aqui, não saim sem comentar, em falta de algo melhor para dizer, diga "nada" mas escrevendo "nada"!!! hehe